GRITO ESCONDIDO

De Tempos em tempos nos reinventamos, sugestionamos e somos sugestionados a sermos diferentes do que já somos.

Mas nunca nos foi perguntado se realmente era isso que queríamos.

Somos obrigados a favorecer e não somos favorecidos ou pelo menos não nos sentimos.

Continuamos fazendo acordos desfavoráveis e ineficazes.

Fazemos porque queremos e não porque fomos obrigados.

Prometemos pra Deus e pros outros algo que não conseguiremos cumprir.

Não nos conhecemos mais, não somos mais as mesmas pessoas, temos razões e motivações diferentes para sermos assim, não sei se é intuitivo ou relativo só senti que pra mim não dá mais.

Falo, converso, proponho, me exponho e nada acontece com relação ao acordo que fizemos.

Isso está me desgastando, enchendo o saco e gerando um déficits onde o coeficiente eu não sei onde vai culminar.

Personalidades diferentes em um lugar igual, obrigações que são favores, gentilezas que se tornaram obrigações, pelas palavras repetidas que não foram cumpridas e além do mais que já se foram e não são mais.

Superlativo que agora tornou-se relativo aponto de não me importar mais.

Simples assim deveria ser, porém não é, a consciência que é minha, me obriga a fazer e não ser o que é certo.

Repito frases simplesmente para ironizar o que foi dito, faço da minha voz um apito me tornando um árbitro que decidiu ENCERRAR a partida.

Não me importo com o horário e nem com o local porque o ideal era não estar mais aqui, mas se quiser prosseguir terei que agir fora das regras.

E o mais emocionante é que se torna irritante onde tenho que ir.

Meu instinto só me traz o raciocino de que tenho que ir para sentir que vou resolver o que você não pode ou não quer fazer.

O mais engraçado é que do meu lado você não pode ir.

Gasto tempo e recursos para no fim deste curso não ter que seguir.

Falo calmo, belo e singelo. Daí eu escrevo e não berro o que quero fazer.

Isso me torna racional e não passional, pois era assim que eu queria seguir.

Sei que não agrado, mas também não incomodo.

Adverso e subversivo esses são meus adjetivos e é pra onde quero e devo seguir. Não somente para confundir, mas também para submergir do que quero fazer.

Sou grato e não ingrato, por tudo que foi e já não é mais.

É difícil admitir, mas o problema tá em mim pelo que quero fazer, pois sei codificar códigos, palavras, siglas e até pensamentos além dos sentimentos, quer ver só: SIERRA, ECO, X-RAY, OSCAR.

Graças ao meu bom Deus não tenho que fazer nenhum teste psicológico porque senão eu hoje me reprovaria, aliás o profissional iria me reprovar e me encaixar em um DSM5.

Psicopata, esquisofrênico, bipolar eu sei lá, só sei que não iria escapar aos olhos de quem viu.

Me expresso declaro e grito, mas não sou ouvido.

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