Resenha Crítica do livro: Teologias Contemporâneas.


Esta é uma resenha crítica do livro de Teologias Contemporâneas escrito por Ed. L. Miller, um professor de filosofia e estudos religiosos na Universidade do Colorado, e autor de vários outros livros e também por J. Grenz STANLEY, outro grande estudioso da religião e docente. Este livro em questão, Teologias contemporâneas tem 271 páginas e foi traduzido para a língua portuguesa por Antivan G. Mendes. Tendo 13 capítulos, onde vários assuntos são abordados como: De volta ao essencial, Realismo Cristão, Jesus Cristo e a Mitologia, Deus alem de Deus, Cristianismo arreligioso, A morte de Deus, Teologia do Processo, Esperança em meio ao sofrimento, Razão e Esperança, Práxis Libertadora, Teologia da Experiência Feminina, Teologia Global e Teologia em uma era pós-liberal.
            O capítulo de numero um apresenta como surgiu à teologia liberal e seus idealizadores bem como suas influências no início do século passado. Apresenta também pontos da doutrina cristã influenciados pelo liberalismo. O capítulo de numero dois que tem por titulo o Realismo Cristão vai trabalhar questões doutrinarias reinterpretada pela neo-ortodoxia e questões práticas do cristianismo atual como pecado, amor e justiça. No capítulo de numero três é trabalhado o tema Jesus Cristo e a Mitologia onde temos as idéias Bultmann como eixo da discussão que envolve uma minúcia em estudar o novo testamento pelo viés da desmitologização. Já no capítulo quatro temos uma citação instigante Deus alem de Deus, que Paul Tillich conduz esta discussão por caminhos intrínsecos para tal conclusão. No capitulo de numero cinco temos um tema inovador para teologia moderna que a teoria de Dietrich Bonhoeffer. No sexto capítulo temos A morte de Deus, um tema que chama atenção, mas que na verdade é uma interpretação da teologia ortodoxa para o cidadão pós-moderno no olhar de William Hamilton e Thomas Altiezer. John COBB no capítulo sete faz uma insaciável busca pelo  processo de reconstrução da fé e moral e por isso tem o título de Teologia do processo. No oitavo capítulo Moltmann faz um resgate a Esperança em meio ao sofrimento. Wolfhart no nono capítulo faz uma discussão entre Razão X Esperança e fala da busca de uma fé racional, esperança racional e racionalismo esperançoso, teologia como estudo de Deus e centralidade do espírito. Já Gustavo Gutiérrez discursa por uma Práxis Libertadora no capítulo dez, onde aborda maneiras para se sentir liberto, regenerado, livre, relata sua interpretação sobre uma teologia do pobre, influências marxistas e salvação como libertação. Rosemary Radford Ruether foi uma das precursoras do movimento da Teologia da Experiência Feminina (capítulo 11) e ela menciona fatos de sua trajetória no movimento, de um passado patriarcal machista, reconstruindo e recuperando a visão da imagem feminina e uma teologia específica para mulheres. John Rick é que vai nos conduzir pelo décimo segundo capítulo com a Teologia Global numa perspectiva pluralista e resistente. E por fim George Lindbeck no capítulo treze faz uma alusão do que seria o pós-liberalismo com suas conseqüências e responsabilidades. Temos ainda neste livro um apêndice escrito por Jonas Madureira que vai trabalhar muito bem um debate entre fundamentalismo e liberalismo e por pistas para uma teologia racionalista.
Todos os temas deste livro tiveram diferentes autores, interpretados pelos escritores MILLER e Grenz, que fizeram desta obra um compêndio teológico consistente sobre as tendências teológicas na atualidade. Temos pelos autores algumas afirmações um pouco tendenciosas no que se refere ao fator doutrinário. Porem os vários ramos da teologia abordados como objeto de estudo são de suma importância para estudantes e pesquisadores.

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