A mensagem do livro de Amós

Em nossa época, existem muitos profetas que se colocam a postos como Amós. Vivemos em um tempo que alguns definem como período, pós-moderno, onde a persuasão é a ferramenta mais eficaz para a atuação nos meios sociais, misericórdia e a esperança não é lembrada. Em nossa pesquisa exegética introdutória a Amós 2: 1-9, observamos o sofrimento que presenciou o profeta onde no contexto o governo não valorizava a vida. Apenas os ricos gozavam dos frutos da nação. As bênçãos de Deus eram direcionadas para os poderosos. A religião estava institucionalizada e caminhava junto com o estado, diante do exposto a situação agravou-se. Cumpre observar, preliminarmente, a reflexão em três momentos para que o indivíduo compreenda o todo que possibilitar um aprendizado da imensidão do amor de Deus.

Primeiramente, Deus é compassivo e quer que todos façam parte de seu povo. O povo escolhido é aquele que reconhece a necessidade de contato com o Sagrado, onde o indivíduo tende a pensar que é peculiar e santo. Não tem nenhum problema em sentir-se especial, todavia, é indispensável olhar para a imensidão do amor de Deus. E Deus que criou o mundo é Ele quem administra todo o universo e exclusivistamente com esses princípios temos acesso ao mais próximo de sua imensidade.

Em Amós 2: 1-9, é Deus quem faz o profeta contemplar a situação de injustiça em que está inserido o povo. É Iahweh quem anuncia a destruição através do fogo.

E é o Deus da vida que resolve poupar seu povo. Deus que lança a bênção ao povo, contudo, espera que todos fizessem parte dessas bênçãos. As bênçãos não são propriedade particular de grupos e elas não estão presas as instituições.

Em segundo lugar, Deus escolhe indivíduos para desenvolver atividades proféticas em sua obra, em prol de causas primárias e sua maior que é o amor justo. No desenvolver das atividades proféticas de acordo com a direção divina, os profetas procuram conduzir os indivíduos e seus lideres na trilha da antiga aliança sinaítica.

É sobre modo importante, assinalar que todas as nações deveriam ser abençoadas. Mas os lideres que exerceram influência junto ao povo de Deus entenderam que Deus os queria Que possuísse muitos bens, orgulhosos ao extremo, destruidores dos reinos em benefício próprio. Não satisfeitos com a capacidade destruidora externa, em todo tempo causava opressão ao povo, aquele que padecia de necessidades, nesse aspecto alterando o pacto que Deus havia proposto, e vale ressaltar, que o povo que vivia internamente também era oprimido.

É de fundamental importância para se desenvolver atividades para o Senhor da obra, fazer reflexões sobre a vida que vem do Criador. Conseqüentemente ser honesto e carinhoso para com aqueles que não têm condições, sejam eles os que goze de estabilidade econômica ou marginalizado, negro ou branco, judeu ou árabe.

Amós posiciona-se claramente em favor da classe oprimida como um intercessor de Deus. Em suma, a compaixão de Deus estabelece a diferença em meio a uma sociedade que se baseia em discursos frios e falaciosos do ponto de vista dominante.

Como se compreende a competição no mundo globalizado? Nós nos esquecemos do serviço ao vizinho que dorme nas calçadas e também nos esquecemos da confiança em conseguir o que desejamos. E de se verifica na maioria da sociedade as referidas ações, nesse sentido não e diferente em meios “cristãos”. Desenvolvimento de atividades em meio às comunidades cristãs sérias possibilita o caminho ao amor genuíno e justo oferecido pelo sagrado. Como se pode notar, Deus se apresenta por meio de seu intercessor, o profeta Amós aliás, a voz profética nos dias de hoje deveria ser a igreja, o simples homem do campo compreendeu seu chamado e desenvolveu seu ministério profético sem se preocupar com o juízo dos homens.

Em terceiro e ultimo lugar, verificamos no conjunto de texto de Amós que Iahweh é Deus de justiça. As nossas atuações se orientam por base no que possuímos no decorrer da vida. É muito difícil perceber o sentido da vida no contexto onde vivemos.

No conjunto de texto que Deus deu a Amós, percebe-se que Iahweh abençoa, perdoa e somente depois castiga. Os homens por tantas vezes foram poupados por Deus, na maioria das vezes eles não seguirão as orientações da justiça demonstrada para com eles. Aquilo que Amós profetizou ainda tem validade e serve, pois há muitas pessoas precisando das nossas ações interventoras. E essa justiça só tem base justa e eficiente no Deus da vida. Nos dias pós-modernos necessitamos nos relacionar com o Criador. Neste sentido deve-se dizer que Amós expõe as nossas necessidades e sensibilidade para com nossas atitudes injustas.

Em virtudes a essas considerações precisamos olhar para justiça divina e verificar onde e como estamos desenvolvendo nossas atuações proféticas nesse sentido se faz necessário experimentarmos a misericórdia e a justiça que provem de Deus.

Posta assim a questão, é de se dizer, o Deus de Amós ainda nos mostra nossas falhas por meio das figuras que olhamos e não conseguimos compreender, reafirmamos as nossas trilhas achando que estamos no caminho certo e que o Dia do Senhor será luz para nós.

Os indivíduos confiam em seus bens que se tornarão seus deuses, e se esquecerão de Iahweh que um dia promoveu justiça na terra.

Empós as noções preliminares em breve trecho, podemos dizer que o livro de Amós nos leva a pensar a respeito das problemáticas mais triviais da vida do ser humano, conseqüentemente as mais enraizadas em nossa sociedade. Amós faz uso das palavras com tanta propriedade que chegamos a ponto de comparar com um rio-x, em seguida vemos o homem que trata somente dos seus interesses. É preciso insistir também no fato que este livro, Deus nos faz ver o quanto somos tacanhos e praticamos atos cruéis com os nossos semelhantes. Um olhar especial, não possibilita vermos aquilo que estar ao nosso redor, o Deus Vivo e o grito dos oprimidos que estão à nossa volta, ou melhor, sempre estiveram, mas a nossa falta de sensibilidade não nos permitiu enxergá-los em nosso campo visual.

A narrativa de Amós faz com que nos sintamos um lixo em meio ao silencio daquilo que somos, pois mesmo diante das diversas sinalizações de que o mundo precisa da compaixão e honestidade de Deus, não atentamos para seu chamado. É bem verdade que, quem perde é o próprio ser humano, que padece física e espiritualmente.

Amós é assim: simples e profundo, ele é o modelo de intercessor pela vida que todos nos devemos percorrer, por tanto o profeta é claro por meio do seu legado profético para as gerações seguintes.

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